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NOVOS IMPLANTES UTILIZADOS PELA 1ª VEZ NAS CLÍNICAS ORALMED

“Posso afirmar com orgulho que estes foram os primeiros implantes com 19mm a ser utilizados em Portugal”



As clínicas OralMED Medicina Dentária foram palco de um procedimento com implantes trans-sinusais de 19mm. Marcando a introdução de um novo implante em Portugal.


O Grupo OralMED Saúde continua na vanguarda da inovação. Desta vez pelas mãos e experiência do Dr. Diogo Simas Rodrigues, Médico Dentista nas clínicas OralMED Medicina Dentária, acompanhado pelo Dr. Nuno Cintra, especialista em Cirurgia Oral e Diretor do Conselho Científico do Grupo OralMED Saúde.


Falámos com o Dr. Diogo Simas Rodrigues e com o Dr. Nuno Cintra para compreender melhor o que fez deste procedimento uma estreia em Implantologia e Cirurgia Oral.


 

Em que consiste a técnica utilizada?

Dr. Diogo Simas Rodrigues - Consiste na colocação de implantes angulados através do seio maxilar para se conseguir alcançar estruturas ósseas com espessura suficiente para a ancoragem e estabilidade primária do implante. Utilizando a parede lateral das fossas nasais que faz parte do osso maxilar superior, e parte da parede inferior do seio maxilar. Assim, é possível, sem sair do nosso campo de especialidade, colocarmos o implante na sua posição ideal para a reabilitação total fixa de uma maxila cuja parede anterior do seio maxilar ocupe uma posição muito anterior.


Os implantes angulados convencionais são colocados imediatamente à frente da parede anterior do seio maxilar com uma angulação de aproximadamente 45°, de modo a que seja possível saírem na zona entre o primeiro pré-molar e o primeiro molar.


Quando a parede anterior do seio se encontra numa posição muito anterior, não é possível colocar o implante de modo a alcançar esta posição ideal. Nesse caso, os Implantes trans-sinusais são uma excelente técnica para o conseguir.


Dr. Diogo Simas Rodrigues - C.P.: 06450


Porquê optar por esta técnica neste caso em específico?

Dr. Diogo Simas Rodrigues - Neste caso, tal como acontece com muitos outros, a parede anterior do seio maxilar, de ambos os lados, ocupava uma posição muito anterior. O que iria comprometer a posição ideal de saída do implante em termos de reabilitação, a qual não iria acontecer no intervalo ideal.

Imagem 3 - Corte parede lateral da fossa nasal direita

Imagem 4 - Corte zona de entrada do implante lado direito.

Além disso, o doente apresentava sorriso gengival, o que implicava uma osteotomia de redução significativa. Esta, por sua vez, juntamente com a posição da parede anterior do seio maxilar, fazia com que o campo operatório disponível fosse reduzido, impossibilitando assim a colocação dos implantes na sua posição ideal, utilizando a técnica convencional de All-on-4. Atravessando o seio maxilar e utilizando a parede lateral das fossas nasais, cuja anatomia foi previamente estudada através de uma tomografia axial computorizada (TAC), foi possível colocar os implantes posteriores numa posição favorável e com uma estabilidade primária suficiente para podermos carregar imediatamente os implantes colocando uma prótese fixa provisória sobre os mesmos.


Imagem 5 - Corte parede lateral da fossa nasal esquerda

Imagem 6 - Corte zona de entrada do implante lado esquerdo

Este tipo de casos é muitas vezes resolvido utilizando técnicas mais invasivas, com maior risco de complicações associadas. E que, inclusive, saem do nosso campo de especialidade. Por vezes, algumas dessas técnicas necessitam de, no mínimo, duas intervenções cirúrgicas. E não permitem a colocação ou a carga imediata dos implantes, sendo necessário recorrer a uma prótese total removível como provisória.


Porque é que este caso é tão inovador?

Dr. Nuno Cintra - Esta técnica não é nova, sendo utilizada há muito com sucesso, por outros colegas utilizando outro tipo de implantes. O que é novo é o implante utilizado. Foram utilizados implantes de 19mm de comprimento com design específico para este tipo de técnica, fabricados por uma empresa Israelita da qual eu sou consultor. Há algum tempo que venho solicitando, junto de algumas marcas, a produção de implantes longos com determinadas características que na minha opinião são essenciais quer para a colocação quer para o sucesso deste tipo de intervenção. Entre estas, saliento a conexão interna, corpo cônico, roscas duplas profundas e afiadas que permitem a autoperfuração e o autotravamento garantindo uma maior estabilidade primária. O ápice rombo permite uma inserção segura tendo em conta as estruturas anatómicas envolvidas. Além disso, este implante foi desenvolvido em dois diâmetros: 3,75 e 4,2mm.


Algumas marcas já têm no seu portefólio implantes longos nomeadamente de 18, 20 e até mesmo 22mm, mas nenhum com o design deste, que nos permite maximizar a estabilidade primária quer na parede lateral da fossa nasal, quer no remanescente da parede inferior do seio maxilar, sem o comprometer ou danificar aquando da preparação e colocação. Posso afirmar com orgulho que estes foram os primeiros implantes de 19mm com estas características utilizados em Portugal e muito provavelmente nos 40 países onde esta marca se encontra implementada.



Dr. Nuno Cintra - C.P.: 01369

Que conclusões tirou após a colocação destes implantes?

Dr. Nuno Cintra - Uma coisa é o desenho e desenvolvimento técnico do implante, o que foi feito tendo em conta a minha experiência com a utilização de outros implantes da marca com características semelhantes. Outra, completamente diferente, são as conclusões a retirar após a sua utilização. Esta intervenção implica conhecimento e domínio de outras técnicas cirúrgicas, entre as quais a exposição, descolamento e elevação da membrana de Schneider, a colocação de implantes angulados e o manuseamento dos tecidos moles para encerramento perfeito do campo operatório, numa intervenção que demorou cerca de quatro horas. No decorrer desta, e embora o principal objetivo fosse a Saúde e bem-estar do doente, conseguimos identificar alguns aspetos em que a mesma pode ser melhorada, quer em termos de preparação do campo cirúrgico, na colocação do implante e até mesmo em relação ao próprio implante. Aspetos muito importantes para o resultado da intervenção e, sem dúvida, para o desenvolvimento do sistema, bem como para a melhoria da técnica.


Quais vão ser os ganhos para o Paciente com este tratamento?

Dr. Nuno Cintra - Para o doente, o ganho principal é o facto de se ter conseguido ultrapassar todas as limitações anatómicas que apresentava com uma única intervenção relativamente simples, dentro do nosso campo de especialidade. Conseguindo assim cumprir com as expectativas do doente de efetuar uma reabilitação total fixa, sem ter de ser submetido a várias cirurgias ou técnicas mais complexas, com maior risco de complicações associadas.




Sobre o Grupo OralMED Saúde

O Grupo OralMED Saúde é o primeiro grupo português especializado em Medicina Dentária. Com mais de 11 anos de experiência e líder no setor, conta já com mais de 60 unidades clínicas próprias, três laboratórios dedicados e com um contact center integrado, o primeiro especializado em Saúde em Portugal.


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